Caramuru - Antropofagia

Caramuru - A Invenção do Brasil. Comédia. Brasil, 2001, 88 min., COR. Direção: Guel Arraes.

Filme baseado na obra Caramuru - Poema épico do Descobrimento da Bahia, escrito pelo frei Santa Rita Durão, em 1781. Esse poema é composto de dez cantos e, de acordo com o gênero, divide-se em cinco partes: proposição, invocação, dedicação, narração e epílogo.

Essa obra conta a história de Diogo Álvares Correia, o "Caramuru". Em Portugal, o jovem sonhador Diogo envolve-se em uma confusão com os mapas que seriam usados nas viagens de Pedro Álvares Cabral. Diogo acaba contratado por Dom Jayme, o cartógrafo do rei, para ilustrar o precioso documento, mas se torna um joguete nas mãos da sedutora Isabelle, francesa que frequenta a corte em busca de ouro, poder e boas relações. A sedutora cortesã rouba o mapa de Diogo, que é então punido com a deportação na caravela comandada por Vasco de Athayde. Esta caravela naufraga, mas Diogo consegue chegar às costas brasileiras, e o que se anunciava como infortúnio, acaba sendo um estímulo para a história de amor entre o estrangeiro e a bela índia Paraguaçu. Muito depois, essa história seria conhecida como a lenda de um degredado português que foi também o primeiro rei do Brasil com o nome de Caramuru.

Neste trecho de filme, Diogo (Caramuru), que desconhecia os costumes da tribo, não sabia que tinha sido feito prisioneiro. Na tradição indígena, o prisioneiro era respeitado e admirado como troféu, incorporado a uma das famílias da tribo, recebendo a atenção de uma esposa enquanto estava sendo preparado para ser devorado em um rito antropofágico. Nessa cena, pode-se discutir o que são e o que significam os ritos.

Idioma/Legenda: Português/Espanhol

Palavras-chave: Literatura. Poema épico. Santa Rita Durão. Índio. Ritos.

Duração: 01min17s