Disciplina - Lingua Portuguesa

Português

02/06/2014

Erros de português e vagas de estágio

Por: Administradores

Pesquisa: erros de português eliminam 40% dos candidatos a vagas de estágio

Quatro em cada dez estudantes são reprovados em seleções por não usarem o português corretamente


Um pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) demonstrou que o mau uso da língua portuguesa é determinante na desclassificação de candidatos a vagas de estágio. O levantamento foi feito durante todo o ano de 2013, com 7.118 participantes.

O estudo reuniu informações e estatísticas importantes quanto ao desempenho dos jovens de diferentes segmentos, áreas de atuação e de ensino. O teste ortográfico foi aplicado na forma de ditado, com 30 palavras do cotidiano, como "seiscentos", "escassez", "artificial", "sucesso", "licença" e "censura". Era considerado reprovado quem cometesse mais de sete erros. Exatos 2.888 candidatos (40,6%) não obtiveram êxito na etapa da seleção e foram eliminados. No total, 37,9% das mulheres não passaram. Já entre os homens, o número foi maior, 44,1%.

Um dado chamou a atenção: quem tem idade acima de 30 anos, apresentou melhor desempenho, com 68,5% de sucesso, superando outras faixas como a de 14 a 18 anos (59,3%), 19 a 25 anos (58,9%) e 26 a 30 anos (65%). "Impressiona o fato de os jovens, na fase da universidade, registrarem erros graves na grafia. Apenas 25% dos brasileiros mantêm o hábito da leitura. Com isso, o reflexo é percebido antes até de ingressarem no mercado de trabalho. Muitos ficam pelo caminho e são excluídos das chances de construírem uma carreira, por terem pouca intimidade com as palavras", analisa o coordenador de seleção, Erick Sperduti.

Os alunos do ensino médio lideram negativamente o ranking, com pior resultado nos testes ortográficos. Em torno de 49,1% ultrapassaram as falhas aceitáveis, seguidos dos estudantes do superior (40,3%), superior tecnólogo (38,2%) e médio técnico (37,2%). Quem estuda em escola particular, teve desempenho pior (40,6%) se comparados às públicas (40,2%). Já na faculdade a diferença se amplia. Cerca de 40% dos jovens das instituições privadas ficaram para trás, contra 22,5% das municipais, estaduais ou federais.

Entre os cursos, também foram divididos aqueles com melhores e piores índices. Com estatística mais baixa, em quantidade de reprovados, estão os alunos de Pedagogia (86%), Moda (75%), Secretariado Executivo (69%), Engenharia Civil (68%) e Arquitetura e Urbanismo (64%). Na outra ponta, com maior aprovação estão Engenharia de Controle e Automação (87,5%), Engenharia Química (82%), Medicina Veterinária (79%), Química (77%) e Nutrição (76%).

"A prática de leitura e, principalmente, o hábito de escrever suas ideias é um bom exercício para aprimorar a linguagem e não perder boas oportunidades em provas como o Enem ou processos seletivos", ressalta Sperduti. "O desafio para os futuros profissionais não é apenas concluir o curso, mas mostrar domínio do nosso idioma. Assim, terá chances reais de ser um dos seis estudantes, em cada dez, aprovados na fase inicial de um processo seletivo", finaliza.


Estas informações foram extraídas do site dn.pt/ em 9 de maio de 2014, e adaptadas. Todas as informações são de responsabilidade dos autores da matéria.
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