Disciplina - Lingua Portuguesa

Português

13/09/2010

Obra ressalta a cultura folclórica do Paraná

POR: Newton Almeida
Uma das obras mais significativas de conservação da cultura paranaense ganhou uma nova edição, desta vez viabilizada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed).
Trata-se do livro, Folclore no Paraná, de autoria do professor Inami Custódio Pinto. Exemplares do livro serão distribuídos nas escolas públicas da Rede Estadual de Ensino do Paraná.
A reedição e a distribuição do livro, composto por várias manifestações artísticas folclóricas, atende a Lei 12.287/10 que modifica o artigo 26 da LDB 9.394/96, que prevê a inserção do ensino da arte, como componente curricular obrigatório nos diversos níveis da Educação Básica, como forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
Editado pela Imprensa Oficial em 2007, com respaldo da Secretaria de Estado da Cultura, o livro recebeu o prêmio Apollo Taborda França de Literatura em 2008. A obra, que traz narrativas e histórias de vidas e lendas, apresenta expressões artísticas de diversas comunidades paranaenses, que vão desde cirandas a brincadeiras e jogos infantis, além de danças tradicionais como Marcas de Fandango.
Na segunda edição, o livro acompanha um CD com 25 músicas folclóricas, além de partituras e desenhos explicativos. Segundo o historiador e professor Jorge Antonio de Queiroz, um dos organizadores do livro, as manifestações das tradições do povo do Paraná presentes na obra são fruto 40 anos de pesquisas feitas pelo professor Inami.
"O livro também retrata o Fandango e Congada, que só existe na Lapa, que mostra que a nossa cultura não é apenas européia, já que a Congada trabalha a partir de valores africanos", afirma Queiroz.
O historiador comenta que a obra resgata a cultura do cotidiano de comunidades paranaenses. "Valorizar essas manifestações folclóricas é também valorizar as pessoas atrás da peça, que tem as características de uma determinada comunidade", diz.
Queiroz afirma que a ideia de reunir os documentos de Inami surgiu há oito anos, quando ele e a jornalista e antropóloga Zélia Maria Bonamigo solicitaram o material ao autor para reorganizá-lo.
"Ele (Ivanir) reclamava que ninguém se interessava pelas coisas do litoral", afirma Zélia. Para ela, além de contribuir para conservar a cultura do Estado, o livro pode ajudar a incentivar novas pesquisas. "O material oferece dicas importantes para vivenciar nas escolas e na sociedade de modo geral e favorece o trabalho interdisciplinar, já que contam com partituras, desenhos", afirma.
Já o historiador Jorge Queiroz acredita que o folclore deveria fazer parte da grade curricular e não somente no dia do folclore. "É uma maneira de valorizar as tradições com um material de apoio que pode ser usado para o trabalho pedagógico em sala de aula, nas diversas disciplinas", complementa.
Esta notícia foi publicada em 13/09/2010 no Paraná Online. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.
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