Disciplina - Lingua Portuguesa

Português

29/06/2009

Livraria infanto-juvenil curitibana cria mais um projeto legal de estímula à leitura

Nasceu em Curitiba a Academia Brasileira de Letrinhas. A ideia se baseia num curso no qual as crianças passam por atividades que possibilitarão a redação de suas próprias obras. Os pequenos, com acompanhamento de profissionais, atravessam um período de 2 meses de aulas de teoria textual e mais dois na confecção da arte gráfica e edição, que fica a cargo do pessoal da Livraria Letrinhas - voltada ao público infanto-juvenil. Por trás da iniciativa está Hamilton Vilela de Magalhães, o dono do estabelecimento. O projeto novo é parte do curso “Escrevendo Meu Pimeiro Livro” , que mais do que vender livros, fomenta o embasamento cultural das crianças, através da literatura. Desde 2008 cerca de 20 livros foram confeccionados e duas turmas formadas. Os membros receberam um certificado de membro da Academia Brasileira de Letrinhas, a mais nova empreitada da Livraria. “Com o objetivo de desenvolver uma rede de relacionamentos virtual, após a finalização das atividades, as crianças passam a encaminhar seus trabalhos a outras pessoas” diz Hamilton.
Para o mentor dos projetos, Hamilton Vilela de Magalhães, “a iniciativa vai ao encontro da tendência atual de mudanças na educação, sendo este o momento para a ruptura com o caráter unilateral do ensino que coloca as crianças numa postura passiva”. Ele atua em sintonia, por exemplo, com o projeto do “Ensino Médio Inovador”, desenvolvido pelo Ministério da Educação e Cultura, que pretende mudar a organização curricular no ensino brasileiro. Não só o “Escrevendo Meu Primeiro Livro”, mas outros projetos da Academia também tem o mesmo intuito, na intenção de transformando a escola em um grande “laboratório de aprendizagem”.
Outra iniciativa da Letrinhas com esta visão é “Uma Livraria em Cada Escola”, convênio com instituições de ensino com menos recursos, para ajudar a equipa-las com livros. E ainda “Paraná Notável” e “ Brasil Notável” propostas com vistas à “expansão da cultura local levando o projeto às escolas”. “São alguns projetos culturais de nossa empresa e somos a única instituição mantenedora”, afirma .
Absorvido o projeto da Academia, o próximo passo é a divulgação em território estadual e, posteriormente, no âmbito nacional. “O que eu desejo não é dinheiro”, observa Magalhães. É intento da livraria a conscientização a respeito da importância de que a educação deve melhorar através de iniciativas de todos. A respeito da inserção do projeto em comunidades carentes, Hamilton mostra-se solícito a parcerias que possibilitem tal amplitude. “Já tivemos contatos para isso. Faltam condições, já que é preciso patrocínio”, afirma o mentor, que confia na viabilidade da proposta, já que para ele, quando a ideia é convincente e verdadeira, não tem dificuldades de crescer a anexar adeptos. “É preciso acreditar, sou um Dom Quixote”, brinca.
Hamilton é prova de que “com o decorrer da idade, ao contrário das capacidades físicas, as mentais não sofrem degradação e precisamos nos mexer”, como ele diz. É exatamente o que faz o senhor de 74 anos que, após mais de quarenta deles dedicados à engenharia e dez a atividades parlamentares, ao invés da merecida aposentadoria, mantém com bom-humor sua livraria infantil, que conta com um dos maiores acervos do ramo no Paraná – aproximadamente cinco mil títulos.

Serviço
Letrinhas - Casa de Cultura
Fone:(41) 3027-7072
e-mail: contato@letternet.com.br
site: www.letternet.com.br

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