Disciplina - Lingua Portuguesa

Português

27/11/2008

Como a Literatura Infantil pode ajudar nos momentos difíceis

Livros infantis sobre temas complexos e dolorosos são ferramentas para superar momentos críticos da vida, como morte, doença ou separação dos pais.
Mães e Filhos  - Como a literatura pode ajudar
- Não vale só folhear o livro. Leia antes com atenção. Se o livro não lhe agradou, reflita sobre os motivos disso antes de oferecê-lo à criança.
- O desconforto ao ler pode indicar que há questões sobre o tema que o próprio adulto ainda não conseguiu elaborar. Antes de passar adiante para a criança é preciso superar essas dificuldades.
- Se os motivos do desagrado são conceitos e valores expressos no livro que estão em total desacordo com os da família, ou a baixa qualidade literária, é melhor procurar outra opção.
- É importante ler o livro junto com a criança, para ouvir o que ela tem a dizer, suas perguntas e, principalmente, mostrar que você está ali para ampará-la. Se a criança quiser ler sozinha, assegure-a que estará por perto e que, quando ela quiser, poderão conversar sobre a leitura.
- Procure entender o que a criança precisa em cada momento: pode ser uma explicação mais didática para entender o problema que está vivenciando, pode ser algo para lidar com sentimentos ocasionados pela situação, como raiva, medo ou culpa.
- Se a criança não quiser ler ou ouvir a história, não insista. Deixe passar um tempo antes de sugerir o livro novamente.
- Se o livro agradou, sugira que seja relido depois de um tempo. Muitas vezes, são as próprias crianças que pedem a repetição de uma mesma história. Isso as ajuda a elaborar as questões levantadas e a desenvolver novas interpretações.
- Leia o livro para a criança com tranqüilidade, da maneira mais natural possível, como leria qualquer história que não tratasse de um tema delicado ou doloroso.
- Não crie fantasias antecipadas sobre como a criança vai reagir à história. Na maioria das vezes, elas reagem com muito mais naturalidade do que os pais imaginam.
- Deixe a criança falar e perguntar. Não direcione interpretações, ouça o que a criança tem a dizer.
- Responda apenas o que a criança perguntou. Não é preciso entrar em detalhes, a não ser que ela peça. Se esse for o caso e surgir algo que você não consegue explicar, diga isso com clareza.
Fontes: FRANCISCO ALVES, autor de "O Dodói da Gigi"; ISABEL FIGUEIRA DE MELLO LINARES, educadora e autora dos livros da coleção "Crescer"; LUCÉLIA ELIZABETH PAIVA, doutora em psicologia; VALDIR CIMINO, diretor da ONG Viva e Deixe Viver
Folha de S.Paulo

Fonte:http://bibliaco.zip.net
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