Disciplina - Lingua Portuguesa

Português

06/10/2008

Lula aprovará acordo ortográfico no centenário da morte de Machado de Assis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará amanhã o decreto que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que unifica e simplifica a forma de escrever o português nos oito países nos quais é o idioma oficial.
A data escolhida é simbólica, pois o decreto será no dia do centenário da morte do escritor Machado de Assis.
A promulgação do acordo, em uma sessão solene na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, é o ponto alto das comemorações do centenário da morte de Machado de Assis (1839-1908).
"Com esses atos, Machado de Assis será duplamente exaltado: de um lado, a Academia lhe rende a mais expressiva homenagem neste ano em que celebramos o centenário de sua morte (...). E de outro, a assinatura pelo presidente Lula dos decretos que promulgam" o Acordo Ortográfico, disse o presidente da ABL, Cícero Sandroni, em nota.
Machado de Assis foi o primeiro presidente da ABL e, segundo Sandroni, o ato de promulgação do acordo ortográfico "concretiza uma aspiração" do escritor.
A reforma ortográfica estabelece 21 bases de mudanças na língua portuguesa, como a supressão do trema, a inclusão das letras "k", "w" e "y" no alfabeto, e novas regras de acentuação.
O acordo foi aprovado em dezembro de 1990 por representantes de Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomei e Príncipe, enquanto o Timor-Leste aderiu em 2004, dois anos após sua independência da Indonésia.
Para entrar em vigor, o acordo precisava da ratificação de no mínimo três países, o que foi conseguido em 2006 com Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, enquanto o Parlamento de Portugal aprovou em maio deste ano.
No Brasil, o acordo entrará em vigor em janeiro de 2009 e sua implantação será feita de forma gradual, de modo que as novas normas chegarão aos textos escolares em 2010 e serão obrigatórias a partir de 2012.
A reforma ocorre em meio à polêmica políticas e acadêmica, principalmente em Portugal, onde 1,6% do vocabulário será afetado pelas novas normas, enquanto, no Brasil, dirá respeito a 0,5% das palavras. EFE
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Fonte: http://g1.globo.com
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