SP: MTST ocupa terreno em Itaquera e batiza de
Coletânea de textos :: SP: MTST ocupa terreno em Itaquera e batiza de "Copa do Povo" (Publicado originalmente 05/05/2014.)Algumas perguntas sobre o texto:
a) A escolha pelo termo "ocupou" (linha 1 parágrafo 1) foi intencional? Haveria mudança de sentido se o texto utilizasse o verbo "invadiu"?
b) Idealmente, o texto jornalistico é direto e imparcial. Este texto cumpre esses requisitos? Até que ponto essas características podem ser verificadas nos textos jornalísticos em geral?
c) Se o terreno foi ocupado, há pelo menos dois lados envolvidos. O texto dá ênfase a um deles? O que lhe leva a concluir isso?
d) O título do texto aponta para um acontecimento, mas o texto traz outras informações. Quais informações do texto referem-se à ocupação em si, e quais são adicionais? Por que motivo essas informações foram inseridas no texto?
e) Que posição a revista parece adotar com relação ao MTST?
Movimento critica falta de acesso à moradia na região, agravado pela Copa, e afirma pressionar por Plano Diretor
No sábado (3), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou um terreno particular localizado a menos de 4 quilômetros do Estádio Itaquerão. Batizado de "Copa do Povo", o terreno está abandonado há 20 anos, segundo o movimento. No "Manifesto da Ocupação Copa do Povo", a coordenação do MTST ressalta que a Copa do Mundo agravou o problema da especulação imobiliária na região e dificultou o acesso à moradia. A ideia é que o território seja incluído no Plano Diretor. "Nós vamos conversar com os vereadores para apresentar uma emenda coletiva e para que essa área de Itaquera também se torne Zeis (Zonas Especiais de Interesse Social)", diz Guilherme Boulos, coordenador do MTST. A ocupação já conta com duas mil famílias e está em processo de consolidação.
Estas Zonas Especiais de Interesse Social a que se refere Boulos garantem novas áreas de moradia e estão previstas no novo Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo, que está em votação na Câmara. Na última semana, o MTST organizou protesto, que reuniu cerca de 2.500 pessoas na frente da Câmara Municipal para pressionar a aprovação do projeto em primeira votação no plenário. Após manifestação marcada por confrontos com a Polícia Militar e com a Guarda Civil Metropolitana, o Plano foi aprovado um dia após o previsto. A próxima votação deve ocorrer entre os dias 15 e 25 de maio.
A importância da aprovação do Plano Diretor para o MTST, porém, vai além das Zeis. "Nós conseguimos incluir no projeto, mecanismos de enfrentamento da especulação imobiliária e outras questões políticas de prevenção de despejo, que são fundamentais para que a cidade se torne mais democrática e popular", explica Boulos. Ele acrescenta que só garantir áreas de moradia não é suficiente e exemplifica: "Dezenas de áreas foram decretadas Zeis no Plano Diretor anterior, há 10 anos, e permanecem vazias. Porque não houve implementação de mecanismos para estimular construções na área".
Outra questão que o movimento pretende que seja debatida na segunda votação é a do território da Nova Palestina, na zona Sul da capital paulista. A área, que segundo um decreto será destinada à criação de um parque, está ocupada pelo movimento desde o final de 2013. Boulos explica que a meta é transformar o território em Zeis, para que 30% do terreno de 1 milhão de metros quadrados seja destinado a construção de moradias. "Se o Plano Diretor for aprovado, nós vamos caminhar para a revogação do decreto que já foi um compromisso assumido pelo prefeito Fernando Haddad", complementa Boulos.
Boulos garante a presença do MTST na segunda votação do Plano Diretor. "Nós vamos mobilizar força total pra garantir que não haja retrocesso e que o lobby da especulação imobiliária e das construtoras não prevaleça sobre os interesses populares", afirma.
Fonte: carosamigos.com.br/
Acesso em: 04/06/2014