Sequência de Aulas - Conhecendo a Crônica
1ª Aula
Começar a aula investigando oralmente, junto aos alunos, o que eles sabem sobre o gênero crônica. Isso pode ser feito por meio dos seguintes questionamentos: Você sabe o que é uma crônica? Já leu alguma? Sabe onde esse tipo de texto circula? Conhece algum autor? Qual?
Deixar os alunos falarem espontaneamente e, após discutirem as respostas, dizer aos alunos que eles assistirão a um curta-metragem baseado em uma crônica do autor Fernando Sabino, chamada A Última Crônica, disponível em: http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=17670
A Última crônica
Após assistirem ao curta, apresentar aos alunos informações sobre o autor Fernando Sabino. Abaixo uma sugestão de fonte para um link externo e um texto em PDF com informações sobre o autor, para aprofundamento do professor:
 Releituras - Link Externo |
 Informações sobre o autor Fernando Sabino |
Entregar a crônica impressa e pedir aos alunos que a leiam atentamente para que, em seguida, possam realizar a comparação entre a crônica e a adaptação cinematográfica.
A Última Crônica
Após a leitura, perguntar aos alunos:
a) Quais são as semelhanças e as diferenças entre os fatos narrados na crônica e na adaptação?
b) Tanto no texto quanto na adaptação há uma passagem que mostra o desprezo do dono do botequim para com a família? Que parte é essa?
c) A crônica narra de forma artística e pessoal fatos do cotidiano. Que fatos estão enfatizados nesta crônica?
d) Podemos dizer que esse texto leva o leitor a refletir criticamente sobre a vida e o comportamento humano? Que ações descritas na crônica apresenta essa característica?
e) Analise a linguagem empregada na crônica, padrão culto, formal ou informal? Se for possível, retire trechos que comprovem sua resposta.
f) Existem algumas marcas no texto que situam a crônica no tempo e no espaço. Aponte quais são essas expressões linguísticas e comente-as.
g) No curta-metragem, o diretor e/ou o roteirista optou por um final diferente. Você achou interessante esse final? Justifique? Crie um novo final para essa crônica.
Pedir para que os alunos consultem a crônica trabalhada na aula anterior (A Última Crônica) e apresente algumas características do gênero.
1. Ao explanar cada uma das características listadas abaixo, questionar aos alunos se eles as identificam na crônica.
2. Apresentar aos alunos as afirmações a seguir. Pode levar esses fragmentos impresso ou projetá-los no multimídia, ou utilizar outra forma que achar mais viável.
Sobre crônica: algumas questões.
"Esse tipo de texto nos faz pensar sobre a vida e sobre o mundo a partir de pequenos acontecimentos do cotidiano", explica Miguel Sanches Neto, professor de literatura da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná. É por isso que a crônica é considerada uma anedota, que desperta uma reflexão em quem lê. Outra característica marcante é sua relação com a questão temporal - a palavra "crônica" vem do grego chronikós, que significa "tempo".” (PARISI, Laura. 10 livros de cronistas brasileiros. Educar para crescer. 24 abr. 2013. Disponível em: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/10-livros-cronistas-brasileiros-739426.shtml. Acesso em: 23/08/1013).
3. Após a leitura das definições de crônica, discutir com os alunos os seguintes aspectos:
a) Na afirmação de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães eles mencionam que a crônica é um gênero híbrido. O que é um gênero híbrido?
Como subsídio para a primeira questão, pode-se utilizar a explicação a seguir:
Segundo Koch (2006), “este fenômeno também chamado de hibridização, mescla de gêneros ou intertextualidade intergêneros, consiste na possibilidade dos gêneros se apresentarem de forma híbrida, isto é, assumindo a forma de outro gênero. O hibridismo textual é um recurso muito utilizado por produtores de texto para chamar a atenção do leitor. No entanto, este leitor precisa ter um conhecimento prévio de gêneros textuais. Não um conhecimento formal, acadêmico, mas um conhecimento de mundo que permita que o mesmo possa distinguir os objetivos colocados em cada texto que lê.
b) Sobre a seguinte afirmação:
“Registrando o circunstancial do nosso cotidiano mais simples, acrescentando, aqui e ali, fortes doses de humor, sensibilidade, ironia, crítica e poesia, o cronista, com graça e leveza, proporciona ao leitor uma visão mais abrangente, que vai além do fato; mostra-lhe, de outros ângulos, os sinais de vida que diariamente deixamos escapar da nossa observação”. (CEREJA, William; MAGALHÃES, Thereza C. Português: Linguagens. São Paulo: Atual, 2009.)
Você observou isso na crônica de Fernando Sabino? Comente.
c) Miguel Sanches Neto, professor de literatura da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, diz: “É por isso que a crônica é considerada uma anedota, que desperta uma reflexão em quem lê”. Você sabe o que é uma anedota? Concorda com a comparação feita pelo professor? Comente.
Como subsídio para essa questão:
Para Costa (2008), o gênero piada (ou anedota) funciona como um texto anônimo caracterizado por uma história curta de final surpreendente, contada para provocar risos. Possui temática bastante variada, que reflete e refrata a sociedade por aludir a conteúdos reprimidos. A piada, para esse autor, depende de técnica, característica linguística ou controvérsia de pontos de vista para causar o humor e possui um ponto de vista implícito a ser descoberto pelo leitor e pode ser lida de duas maneiras diferentes, o que salienta a característica constitutiva do gênero, a ambiguidade. Outra característica marcante desse gênero é a condensação, pois dela também pode resultar o sentido duplo ou o deslocamento de sentido, o que incorre na quebra da exigência discursiva dos textos chamados 'sérios'.
Para maior aprofundamento sobre o gênero, sugerir aos alunos a leitura do conteúdo disponível no site “Alô escola”, disponível em: <http://cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/origem.htm> (Acesso em: 22/07/2013).
Alô Escola - Link Externo
4. Entregar aos alunos as seguintes atividades, dizendo que terão que desenvolvê-las em casa para apresentarem na próxima aula.
a) Formar equipes de, no máximo, 4 alunos. Distribuir os seguintes autores entre os grupos: Ruy Castro; Rubem Braga; Ignácio de Loyola Brandão; Moacyr Scliar; Luis Fernando Veríssimo; Lygia Fagundes Telles; Carlos Heitor Cony; Lourenço Diaféria; Ivan Angelo; Marina Colasanti; Mario Prata; Domingos Pellegrini; Walcyr Carrasco e Fernando Bonass; e o paranaense Cristovão Tezza.
b) Fazer uma pesquisa sobre a vida e as obras do autor destinado ao seu grupo.
c) Realizar a leitura das crônicas desse autor para que possam escolher, dentre as lidas, aquela que mais gostaram. O grupo deve apresentar a crônica à classe por meio de uma leitura expressiva, justificando a escolha.
d) Preparar uma apresentação demonstrando, dentre as características estudadas, quais encontraram na crônica lida, comentando-as.
No primeiro momento dessa aula, os alunos farão as apresentações das atividades propostas na última aula. E, em seguida, pedir que individualmente produzam uma crônica que será entregue ao professor que fará os apontamentos necessários. Feito isto, o aluno deve reescrevê-la e, caso queira, poderá socializar sua produção com os demais alunos.
A Última Crônica
Após a leitura, perguntar aos alunos:
a) Quais são as semelhanças e as diferenças entre os fatos narrados na crônica e na adaptação?
b) Tanto no texto quanto na adaptação há uma passagem que mostra o desprezo do dono do botequim para com a família? Que parte é essa?
c) A crônica narra de forma artística e pessoal fatos do cotidiano. Que fatos estão enfatizados nesta crônica?
d) Podemos dizer que esse texto leva o leitor a refletir criticamente sobre a vida e o comportamento humano? Que ações descritas na crônica apresenta essa característica?
e) Analise a linguagem empregada na crônica, padrão culto, formal ou informal? Se for possível, retire trechos que comprovem sua resposta.
f) Existem algumas marcas no texto que situam a crônica no tempo e no espaço. Aponte quais são essas expressões linguísticas e comente-as.
g) No curta-metragem, o diretor e/ou o roteirista optou por um final diferente. Você achou interessante esse final? Justifique? Crie um novo final para essa crônica.
2ª Aula
Pedir para que os alunos consultem a crônica trabalhada na aula anterior (A Última Crônica) e apresente algumas características do gênero.
1. Ao explanar cada uma das características listadas abaixo, questionar aos alunos se eles as identificam na crônica.
- Texto curto, com o objetivo de divertir e refletir sobre a vida.
- Número reduzido de personagens.
- Tempo e espaço limitados.
- Narrador-observador ou narrador-personagem. (Nesse momento, pedir aos alunos que identifiquem qual narrador está presente no texto lido).
- Linguagem de acordo com a padrão culto, formal ou informal da língua.
- Relata o cotidiano.
2. Apresentar aos alunos as afirmações a seguir. Pode levar esses fragmentos impresso ou projetá-los no multimídia, ou utilizar outra forma que achar mais viável.
Sobre crônica: algumas questões.
“Gênero híbrido que oscila entre a literatura e o jornalismo, a crônica é o resultado da visão pessoal, subjetiva, do cronista diante de um fato qualquer, colhido no noticiário do jornal ou no cotidiano. Quase sempre explora o humor; às vezes, diz a coisas mais sérias por meio de uma aparente conversa fiada; outras vezes, despretensiosamente, faz poesia da coisa mais banal e insignificante.” (CEREJA, William; MAGALHÃES, Thereza C. Português: Linguagens. São Paulo: Atual, 2009).
"Esse tipo de texto nos faz pensar sobre a vida e sobre o mundo a partir de pequenos acontecimentos do cotidiano", explica Miguel Sanches Neto, professor de literatura da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná. É por isso que a crônica é considerada uma anedota, que desperta uma reflexão em quem lê. Outra característica marcante é sua relação com a questão temporal - a palavra "crônica" vem do grego chronikós, que significa "tempo".” (PARISI, Laura. 10 livros de cronistas brasileiros. Educar para crescer. 24 abr. 2013. Disponível em: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/10-livros-cronistas-brasileiros-739426.shtml. Acesso em: 23/08/1013).
3. Após a leitura das definições de crônica, discutir com os alunos os seguintes aspectos:
a) Na afirmação de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães eles mencionam que a crônica é um gênero híbrido. O que é um gênero híbrido?
Como subsídio para a primeira questão, pode-se utilizar a explicação a seguir:
Segundo Koch (2006), “este fenômeno também chamado de hibridização, mescla de gêneros ou intertextualidade intergêneros, consiste na possibilidade dos gêneros se apresentarem de forma híbrida, isto é, assumindo a forma de outro gênero. O hibridismo textual é um recurso muito utilizado por produtores de texto para chamar a atenção do leitor. No entanto, este leitor precisa ter um conhecimento prévio de gêneros textuais. Não um conhecimento formal, acadêmico, mas um conhecimento de mundo que permita que o mesmo possa distinguir os objetivos colocados em cada texto que lê.
b) Sobre a seguinte afirmação:
“Registrando o circunstancial do nosso cotidiano mais simples, acrescentando, aqui e ali, fortes doses de humor, sensibilidade, ironia, crítica e poesia, o cronista, com graça e leveza, proporciona ao leitor uma visão mais abrangente, que vai além do fato; mostra-lhe, de outros ângulos, os sinais de vida que diariamente deixamos escapar da nossa observação”. (CEREJA, William; MAGALHÃES, Thereza C. Português: Linguagens. São Paulo: Atual, 2009.)
Você observou isso na crônica de Fernando Sabino? Comente.
c) Miguel Sanches Neto, professor de literatura da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, diz: “É por isso que a crônica é considerada uma anedota, que desperta uma reflexão em quem lê”. Você sabe o que é uma anedota? Concorda com a comparação feita pelo professor? Comente.
Como subsídio para essa questão:
Para Costa (2008), o gênero piada (ou anedota) funciona como um texto anônimo caracterizado por uma história curta de final surpreendente, contada para provocar risos. Possui temática bastante variada, que reflete e refrata a sociedade por aludir a conteúdos reprimidos. A piada, para esse autor, depende de técnica, característica linguística ou controvérsia de pontos de vista para causar o humor e possui um ponto de vista implícito a ser descoberto pelo leitor e pode ser lida de duas maneiras diferentes, o que salienta a característica constitutiva do gênero, a ambiguidade. Outra característica marcante desse gênero é a condensação, pois dela também pode resultar o sentido duplo ou o deslocamento de sentido, o que incorre na quebra da exigência discursiva dos textos chamados 'sérios'.
Para maior aprofundamento sobre o gênero, sugerir aos alunos a leitura do conteúdo disponível no site “Alô escola”, disponível em: <http://cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/origem.htm> (Acesso em: 22/07/2013).
Alô Escola - Link Externo
4. Entregar aos alunos as seguintes atividades, dizendo que terão que desenvolvê-las em casa para apresentarem na próxima aula.
a) Formar equipes de, no máximo, 4 alunos. Distribuir os seguintes autores entre os grupos: Ruy Castro; Rubem Braga; Ignácio de Loyola Brandão; Moacyr Scliar; Luis Fernando Veríssimo; Lygia Fagundes Telles; Carlos Heitor Cony; Lourenço Diaféria; Ivan Angelo; Marina Colasanti; Mario Prata; Domingos Pellegrini; Walcyr Carrasco e Fernando Bonass; e o paranaense Cristovão Tezza.
b) Fazer uma pesquisa sobre a vida e as obras do autor destinado ao seu grupo.
c) Realizar a leitura das crônicas desse autor para que possam escolher, dentre as lidas, aquela que mais gostaram. O grupo deve apresentar a crônica à classe por meio de uma leitura expressiva, justificando a escolha.
d) Preparar uma apresentação demonstrando, dentre as características estudadas, quais encontraram na crônica lida, comentando-as.
3ª Aula
No primeiro momento dessa aula, os alunos farão as apresentações das atividades propostas na última aula. E, em seguida, pedir que individualmente produzam uma crônica que será entregue ao professor que fará os apontamentos necessários. Feito isto, o aluno deve reescrevê-la e, caso queira, poderá socializar sua produção com os demais alunos.
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